Amígdalas, para que servem e quando é necessário remover

  • Home
  • Blog
  • Amígdalas, para que servem e quando é necessário remover
Amígdalas, para que servem e quando é necessário remover
15/03

Amígdalas, para que servem e quando é necessário remover


As amígdalas são massas de tecido linfático localizadas na parte posterior da garganta, uma de cada lado. Elas fazem parte do sistema imunológico e têm um papel fundamental na defesa do organismo contra infecções, especialmente aquelas que entram pelo nariz ou pela boca. Isso as torna a primeira linha de defesa do corpo contra patógenos respiratórios e alimentares.

Função das Amígdalas

As principais funções das amígdalas incluem:

Filtragem de Micróbios: Elas ajudam a filtrar bactérias e vírus que entram no corpo, prevenindo infecções.

Produção de Anticorpos: As amígdalas produzem anticorpos que ajudam a combater infecções, contribuindo para a imunidade do corpo.

Participação no Sistema Linfático: Elas fazem parte do sistema linfático, que ajuda a remover toxinas e resíduos do corpo.

Problemas Comuns das Amígdalas

Embora as amígdalas desempenhem um papel importante no sistema imunológico, elas podem se tornar um local de infecção. As condições mais comuns incluem:

Amigdalite: Inflamação das amígdalas, geralmente causada por uma infecção viral ou bacteriana, podendo causar dor de garganta, febre e dificuldade para engolir.

Hipertrofia das Amígdalas: Refere-se ao aumento do tamanho das amígdalas, o que pode levar a dificuldades respiratórias, especialmente durante o sono, resultando em apneia obstrutiva do sono em casos graves.


O que causa amígdalas inflamadas?

Amígdalas inflamadas, uma condição conhecida como amigdalite, são causadas principalmente por infecções. Essas infecções podem ser de natureza viral ou bacteriana, cada uma apresentando características e tratamentos específicos. Aqui estão as principais causas da inflamação das amígdalas:

Infecções Virais

A maioria dos casos de amigdalite é causada por vírus, como os que causam resfriados comuns, gripe (influenza), mononucleose e mais. As infecções virais costumam trazer sintomas como dor de garganta, febre, tosse e fadiga. O tratamento para amigdalite viral geralmente foca no alívio dos sintomas, já que o próprio sistema imunológico do corpo é responsável por combater o vírus.

Infecções Bacterianas

A bactéria mais comum associada à inflamação das amígdalas é o Streptococcus pyogenes, causador da faringite estreptocócica. Além dos sintomas de dor de garganta e febre, a amigdalite bacteriana pode incluir pus nas amígdalas, mau hálito e gânglios linfáticos inchados no pescoço. Diferentemente das causas virais, a amigdalite bacteriana pode ser tratada com antibióticos para combater a infecção.

Outras Causas

Além das infecções, outros fatores podem contribuir para a inflamação das amígdalas, incluindo alergias, irritação devido a ar seco ou poluição e refluxo gastroesofágico. Embora menos comuns, essas condições podem exacerbá-la ou mimetizar os sintomas de uma amigdalite.

Sintomas Associados

Os sintomas da amigdalite incluem dor intensa ao engolir, febre, gânglios linfáticos inchados e sensíveis no pescoço, vermelhidão das amígdalas, e em alguns casos, formação de pus nas amígdalas.

Prevenção

A prevenção da amigdalite passa por medidas básicas de higiene, como lavar as mãos regularmente e evitar o contato próximo com pessoas infectadas, além de cuidados para manter o sistema imunológico fortalecido, como uma alimentação saudável e descanso adequado.

A inflamação das amígdalas pode ser desconfortável e, em alguns casos, levar a complicações. Por isso, é importante procurar orientação médica ao apresentar sintomas de amigdalite para um diagnóstico correto e tratamento adequado.


Quando a cirurgia de remoção das amígdalas é indicada?

A cirurgia de remoção das amígdalas, conhecida como amigdalectomia, é indicada em situações específicas em que os benefícios da remoção superam os riscos potenciais. Essa decisão é tomada com base em critérios clínicos bem estabelecidos. As indicações mais comuns incluem:

Infecções Recorrentes: A amigdalectomia pode ser recomendada para pessoas que sofrem de amigdalite bacteriana recorrente, tipicamente definida como mais de sete episódios em um ano, cinco episódios por ano em dois anos consecutivos, ou três episódios por ano em três anos consecutivos.

Amigdalite Crônica: Em casos de amigdalite crônica, onde a inflamação e o inchaço das amígdalas persistem por longos períodos, apesar do tratamento médico.

Dificuldades Respiratórias: A hipertrofia das amígdalas pode obstruir as vias aéreas, especialmente durante o sono, levando a distúrbios como a apneia obstrutiva do sono. A cirurgia é considerada quando a condição afeta significativamente a qualidade do sono e a respiração.

Dificuldades de Alimentação e Fala: Amígdalas excessivamente grandes podem interferir na deglutição e, em casos raros, na fala.

Abscesso Periamigdaliano: Uma complicação da amigdalite, onde se forma um acúmulo de pus ao redor das amígdalas devido a uma infecção. Pode exigir drenagem cirúrgica, e a amigdalectomia pode ser considerada para prevenir recorrências.

Suspeita de Neoplasia: Embora raro, se houver suspeita de tumor nas amígdalas, a remoção cirúrgica para biópsia e tratamento pode ser necessária.

A decisão de realizar uma amigdalectomia deve ser cuidadosamente avaliada por um especialista, considerando os sintomas do paciente, histórico médico, e o impacto da condição na qualidade de vida. É importante discutir com o médico sobre os potenciais benefícios e riscos da cirurgia para tomar uma decisão informada.


Cuidados Pré-Operatórios

Avaliação Médica: É essencial realizar uma avaliação médica completa para identificar qualquer condição que possa interferir na cirurgia ou na anestesia.

Jejum: Geralmente, é necessário jejuar (não comer ou beber) por um período de 6 a 12 horas antes da cirurgia, conforme orientação do médico.

Medicações: Informe ao médico sobre todos os medicamentos que está tomando. Alguns medicamentos podem precisar ser ajustados ou interrompidos antes da cirurgia.

Preparação Emocional: É importante estar psicologicamente preparado para a cirurgia. Discuta quaisquer preocupações com o médico.

Cuidados Pós-Operatórios

Repouso: Descanso adequado é crucial para uma recuperação rápida. Evite atividades físicas intensas e levantamento de peso nas primeiras semanas após a cirurgia.

Dieta: Inicie com uma dieta líquida fria ou à temperatura ambiente e avance gradualmente para alimentos macios conforme a tolerância. Evite alimentos quentes, picantes, ácidos, ou crocantes que possam irritar ou machucar a garganta.

Hidratação: Beber bastante líquido é essencial para evitar a desidratação e ajudar na cicatrização.

Manejo da Dor: O médico prescreverá analgésicos para controlar a dor. É importante seguir a dosagem recomendada e comunicar ao médico se a dor não for controlada adequadamente.

Atenção a Sangramentos: Um pequeno sangramento pode ser normal, especialmente nos primeiros dias, mas sangramentos intensos devem ser comunicados ao médico imediatamente.

Cuidados com a Higiene Oral: A higiene oral cuidadosa é importante, mas evite gargarejos agressivos que possam perturbar o local da cirurgia. O médico pode recomendar um enxaguante bucal suave.

Seguimento Médico: Compareça a todas as consultas de seguimento para que o médico possa monitorar sua recuperação.

Sinais de Alerta

Procure atendimento médico imediatamente se experimentar qualquer um dos seguintes sinais após a cirurgia:

- Sangramento intenso
- Dificuldade para respirar
- Febre alta
- Dor intensa que não melhora com medicação

Seguir cuidadosamente as instruções de pré e pós-operatório fornecidas pelo médico e equipe de saúde é fundamental para minimizar riscos e promover uma recuperação rápida e segura após a amigdalectomia.


O que acontece quando removemos amígdalas?

A remoção das amígdalas, conhecida como amigdalectomia, é uma cirurgia realizada para tratar problemas recorrentes ou graves relacionados às amígdalas, como amigdalite crônica, infecções frequentes, dificuldades respiratórias devido ao aumento do tamanho das amígdalas, entre outros. Apesar de as amígdalas desempenharem um papel no sistema imunológico, ajudando a filtrar germes e a produzir anticorpos para combater infecções, a sua remoção não deixa o organismo significativamente mais susceptível a infecções. O corpo humano é capaz de compensar essa perda através de outras partes do sistema linfático e imunológico.