Quando internar paciente com dengue?
A decisão de internar um paciente com dengue é geralmente baseada na avaliação clínica dos sintomas, na presença de sinais de alerta, e na capacidade do paciente de se manter hidratado e estável em casa. A internação hospitalar é recomendada nos seguintes cenários:
Presença de Sinais de Alerta
- Dor abdominal intensa e contínua
- Vômitos persistentes
- Acúmulo de líquidos no abdômen ou pulmões
- Sangramento de mucosas ou outros tipos de sangramento
- Letargia ou irritabilidade extrema
- Aumento do tamanho do fígado
Dificuldade de Manter Hidratação
- Incapacidade de ingerir ou reter líquidos por via oral
- Sinais de desidratação, como boca seca, pouca urinação, ou letargia
Condições que Requerem Monitoramento Especializado
- Alterações significativas nos exames de sangue, como queda acentuada no número de plaquetas ou aumento do hematocrito, que indicam risco de sangramento ou choque
- Doenças pré-existentes que podem complicar o quadro de dengue, como diabetes, hipertensão, ou doenças cardíacas
Complicações Graves
- Sinais de dengue grave, como choque (síndrome do choque da dengue), insuficiência orgânica, ou derrames pleurais significativos
Crianças
- Crianças, especialmente as muito jovens, podem não ser capazes de comunicar seus sintomas claramente e podem desidratar mais rapidamente. A presença de qualquer sinal de alerta ou dificuldade em manter hidratação oral pode justificar a internação.
Gestantes
- Gestantes com dengue requerem monitoramento especial devido ao risco aumentado de complicações tanto para a mãe quanto para o feto.
A internação permite o monitoramento constante dos sinais vitais, a administração de fluidos intravenosos para combater a desidratação, o manejo adequado de qualquer complicação que possa surgir e, se necessário, intervenções médicas mais complexas. A avaliação feita por profissionais de saúde é crucial para determinar a necessidade de internação e garantir o melhor cuidado possível para o paciente com dengue.